ÓSCAR E A SENHORA COR-DE-ROSA
COM LÍDIA FRANCO 


Teatro-Cinema de Fafe | Fafe
23 de Março | 21h30 
Preço bilhete: 5*
Inclui encontro com a actriz no final do espectáculo




"Óscar e a Senhora Cor-de-Rosa" é um hino à vida e ao ser humano.

Mostra-nos a amizade total entre uma criança com leucemia e a Senhora Cor-de-Rosa (voluntária na área da pediatria do Hospital), que todos os dias o visita.
Entre os dois estabelece-se um jogo: "Cada dia equivale a dez anos". Deste modo o menino passa a ter a sensação de que avança no tempo e de que aproveita a vida nas suas diferentes idades. Ele morre com mais de cem anos, embora na realidade tenham passado apenas alguns dias, mas a sua vivência foi plena de emoções e alegrias. Nessa "longa" vida que o menino passa a ter, ele reinventa o Mundo sob a maravilhosa cor de fantasia, desafiando a morte com um olhar divertido sobre o Universo dos adultos e das outrascrianças doentes que o rodeiam no Hospital. Desta vida maravilhosa ficou o testemunho através de cartas que o menino escrevia todos os dias a Deus.

O texto é de Eric-Emmanuel Schmitt, um dos mais prolíficos romancistas e dramaturgos franceses do nosso tempo, a encenação de Márcia Haufrecht, actriz, dramaturga e encenadora, e foi com brilhante interpretação de Lídia Franco que o Monólogo estreou em 2008 no TNDM II, onde esteve dois meses e meio em cena, sempre com lotações esgotadas. Desde então esteve em itinerância por todo o país e foi distinguido na área do Teatro pela Gala da RTP1 “Portugal Aplaude 2011”.

Ficha técnica
De ERIC-EMMANUEL SCHMITT
Tradução IVONE DE MOURA | LÍDIA FRANCO
Encenação MARCIA HAUFRECHT
Assistência de Encenação SÓNIA NEVES
Cenografia e Figurinos ANA VAZ
Desenho de luz JOSÉ CARLOS NASCIMENTO
Voz e Elocução MARIA JOÃO SERRÃO
Apoio à Produção BACKGROUND – spp

Espectáculo para M/12

Mais informações
Teatro-Cinema de Fafe
+351 25 349 09 00

PRÓXIMAS DATAS
7 de Junho - Espaço Confluência | Cascais
5 de Julho - Teatro Municipal Sá de Miranda | Viana do Castelo



Café-Teatro de Improviso só para membros NWEC 
16 FEVEREIRO|21h00
Preço Especial NWEC 6€

Comédia Teatral de Improviso

Os actores entram em palco sem qualquer texto ou cena memorizada e através de uma série de jogos teatrais, cujas regras são explicadas antes, criam cenas a partir de situações, locais, relações e/ou personagens sugeridos pelo público. Os espectadores são assim uma parte activa no próprio espectáculo, que é único e irrepetível. Os actores desdobram-se em diversas situações que pretendem divertir e fazer rir o público, criadas na hora, sem qualquer guião. 

Não perca e reserve já o seu lugar junto ao

ELITE CULTURA


TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO





Exactamente Antunes
13 Jan. a 12 Fev. – Quarta-feira a sábado | 21h30
                                    Domingo | 16h

O ano começa com um portuguesíssimo ponto de interrogação, um “o quê com letra maiúscula”: Antunes, provinciano sacudido pelos acasos da sorte numa capital de mulheres da vida e outros figurões, homem em luta livre consigo mesmo, criatura que descobre a grande pergunta da identidade. Mas não há apenas um imenso ponto de interrogação na ágil reescrita que Jacinto Lucas Pires fez desse peculiar romance de aprendizagem que é Nome de Guerra (1925), obra do génio multifacetado chamado Almada Negreiros: há também pontos de exclamação direitinhos e pontos de interrogação de pernas para o ar, sinais de caveira e cardinal, bombas, asteriscos. Exactamente Antunes tem qualquer coisa de BD, é certo, mas pisca também o olho à comédia romântica, ao folhetim realista, à tragédia grega, ao melodrama, à farsa musical, ao baile de máscaras – não sendo exactamente nenhuma destas coisas. “Tudo isto é um jogo extraordinariamente lúdico sobre coisas muito sérias”, avisam-nos Nuno Carinhas e Cristina Carvalhal, cuja encenação faz do palco vazio do São João não apenas a metrópole boémia ou a fantasmática aldeia de Antunes, mas também (e sobretudo) o interior de uma cabeça. “senhoras e meus senhores, vai (re)começar!”

M/12 anos

De
Jacinto Lucas Pires
a partir de Nome de Guerra, de
Almada Negreiros
Encenação
Cristina Carvalhal, Nuno Carinhas
Cenografia e figurinos
Nuno Carinhas
Desenho de luz
Nuno Meira
Desenho de som
Francisco Leal
Preparação vocal e elocução
João Henriques
Interpretação
Joana Carvalho, João Castro, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Lígia Roque, Mané Carvalho,
Paulo Freixinho, Paulo Moura Lopes
Produção
TNSJ
Dur. Aprox.
 1:30


50% desconto para membros NWEC e acompanhantes




Estados d’Alma
CONFERÊNCIAS
17 a 24 Mar. – Sábado | 16h00

Reduzida em dimensão – não atinge sequer a fasquia dos mil versos –, a Alma que Gil Vicente nos legou é afinal imensa. Os investigadores vicentinos não cessam de extrair sentido desse caso único na Copilação de Toda as Obras, um auto de forte carácter teológico e litúrgico hoje encarado como uma das grandes fontes do teatro peninsular dos séculos XVI e XVII. Do fundo do seu aparente anacronismo, continua a interpelarnos quando lança em cena uma viandante que se perde e encontra, como se na história de uma Alma se concentrasse o grande teatro do mundo. No decurso da apresentação do espetáculo assinado por Nuno Carinhas, o TNSJ propõe uma transmigração desta Alma para a análise e o debate. Instalados no proscénio do São João, tendo por pano de fundo a cenografia de Pedro Tudela, convidados de várias ciências e procedências ajudam-nos a descodificar o genoma desta Alma tão irrecusavelmente portuguesa, mas também (ou precisamente por isso) tão universal. No elenco de Estados d’Alma contam-se D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, para quem Gil Vicente é “um humanista de primeira e primeiramente um humanista”; o escritor, poeta e performer Alberto Pimenta, herdeiro, talvez, da mordacidade e irreverência vicentinas; o investigador José Augusto Cardoso Bernardes, que viu no Auto da Alma “a moldura doutrinal de toda a Compilaçam”; o Diretor Artístico do TNSJ, Nuno Carinhas, que encenara já, em 2009, Breve Sumário da História de Deus; a escritora e bióloga Clara Pinto Correia, cuja investigação científica a conduziu ao estudo do conceito de alma em várias épocas históricas; a psicanalista Fátima Sarsfield Cabral, que inquirirá a transformação de uma abstração que caminha em persona; e Frei Bento Domingues, um dos nossos teólogos mais atentos ao rumo do mundo contemporâneo, ao papel da cultura e ao perene mistério de existir.

17 de Março
D. Manuel Clemente
Alberto Pimenta
José A. Cardoso Bernardes
Nuno Carinhas
Moderação
Isabel Morujão

24 de Março
Clara Pinto Correia
Fátima Sarsfield Cabral
Frei Bento Domingues, O.P.
Moderação
Danie Jonas

Co-ordenação
Pedro Sobrado
Organização
TNSJ


Entrada Livre




Os Teatro do Porto em 2012
DIA MUNDIAL DO TEATRO
27 Mar. – Terça-feira | 16h00

Porque o Dia Mundial do Teatro não se reduz a uma manifestação de autocontentamento, o TNSJ promove, na tarde em que se celebra a arte que Almada Negreiros classificava como “o escaparate de todas as artes”, um fórum de discussão sobre o Teatro do Porto e a sua circunstância, o seu aqui e agora. Aberto a toda a comunidade teatral da cidade – criadores, atores e diretores de teatros, companhias, festivais e escolas artísticas –, o encontro Os Teatros do Porto em 2012 visa abordar os assuntos mais prementes da vida e atividade das estruturas que constituem a actual rede de agentes teatrais da cidade, e promover a partilha e real aproximação de pontos de vista sobre caminhos, estratégias de trabalho e formas de cooperação, que contribuam para o reconhecimento do Porto como uma cidade de teatro(s).

Organização
TNSJ

Entrada Livre



Alma
9 Mar. a 1 Abr. – Quarta-feira a sábado | 21h30
                               Domingo | 16h

A thing of beauty is a joy forever. Foi com este verso de John Keats – "Uma coisa bela é uma alegria que dura para sempre" – que o tradutor inglês do Auto da Alma, Aubrey Bell, descreveu há quase cem anos aquele que é considerado o cume do drama litúrgico português e uma das mais perfeitas realizações da arte medieval. Dois anos depois de se ocupar desse esplêndido mistério vicentino que é o Breve Sumário da História de Deus, transpondo-o para um universo concentracionário, de inquietantes ressonâncias auschwitzianas, Nuno Carinhas toma agora de Gil Vicente a sua Alma. Um auto escrito entre a composição da Barca do Inferno e da Barca do Purgatório, que ao contrário destas não situa a ação no território post mortem, mas recria a ancestral metáfora da vida como peregrinação – um caminho de provação, mudança, descoberta. Com os seus diabos, anjos, doutores da Igreja e uma “Alma caminheira” que é, a um tempo, alegoria de todas as almas e expressão dramática de um carácter individual, Alma questiona, com rara força interpeladora, a natureza humana, a sua liberdade e o seu destino último, a sua inscrição no tempo e a sua demanda de eternidade. Uma obra imensamente divina, logo, profundamente humana, daquele que Teixeira de Pascoaes chamou “o mais Anjo e o mais Demónio de todos os poetas portugueses”.

M/12 anos

De
Gil Vicente
Dramaturgia
Nuno Carinhas, Pedro Sobrado
Encenação e figurinos
Nuno Carinhas
Cenografia
Pedro Tudela
Desenho de luz
Nuno Meira
Desenho de som
Francisco Leal
Apoio linguístico
João Veloso
Preparação vocal e elocução
João Henriques
Interpretação
Alberto Magassela, Fernando Moreira, Fernando Soares, João Castro, Jorge Mota, Leonor Salgueiro, Miguel Loureiro, Paulo Freixinho, Paulo Moura Lopes
Produção
TNSJ


50% desconto para membros NWEC e acompanhantes



TEATRO CARLOS ALBERTO


Os Juramentos Indiscretos
8 a 18 Mar. – Quarta-feira a sábado | 21h30
                         Domingo | 16h

O Teatro dos Aloés visitou-nos pela primeira vez em 2010, trazendo na bagagem textos de David Harrower (Facas nas Galinhas) e Athol Fugard (Canção do Vale). Agora, promove dentro das nossas portas a estreia de Os Juramentos Indiscretos (1732), comédia em cinco atos que é um testemunho vivo da genialidade dramática de um autor conhecido pela sua muito particular 􀂳metafísica do coração􀂴. Observador atento da alma humana e de todas as cavidades onde escondemos o amor quando receamos mostrá-lo, Marivaux legou-nos esta preciosa indiscrição: “Todas as minhas comédias têm como objetivo fazer sair o amor desta espécie de prisão”. Os Juramentos Indiscretos coloca em cena dois jovens, Damis e Lucile, que começam por elaborar um estratagema que impeça um casamento imposto pelos seus pais. Mas as suas intenções são frustradas, porquanto qualquer sentimento negado no primeiro ato se vem a revelar numa paixão intensa ao longo da peça. Como é que o amor nasce e se esconde? Como transformar o palco no lugar onde o fingimento gera uma verdade? Como inscrever numa história do séc. XVIII a angústia e a alegria dos corpos de hoje? Para responder a estes e outros pontos de interrogação, o encenador José Peixoto e a sua trupe regressam ao Porto.

M/12 anos

De
Marivaux
Tradução
Maria João Brilhante
Encenação
José Peixoto
Cenografia e Figurinos
Marta Carreiras
Música
Luís Cília
Desenho de luz
Jochen Pasternaki
Interpretação
Adriana Moniz, Carla Chambel, Carlos Malvarez, Jorge Silva, José Peixoto, Nuno Nunes, Sara Cipriano
Co-produção
Teatro dos Aloés, TNSJ
Dur. Aprox.
2:00

50% desconto para membros NWEC e acompanhantes


Quem te porá como frutos nas Árvores
16 a 26 Fev. – Quarta-feira a domingo | 21h30
                        
Ao longo de um percurso com pouco mais de uma década, foram várias as aproximações que a ASSéDIO promoveu a ficções exteriores ao universo estritamente dramático. Recordemos Do􀁝e noturnos em teu nome (2001), a partir de textos de Maria Gabriela Llansol, ou o mais recente O olhar diagonal das coisas (2008), a partir da poesia de Ana Luísa Amaral. Nem dramas com personagens, nem tão pouco recitais, mas objetos disruptivos que ensaiavam diversos modos de fazer teatro, por outras interpostas palavras. Quem te porá como fruto nas árvores visita agora os vértices mais inequívocos e os motivos mais procurados da obra poética de Ruy Belo (1933-1978), construindo-lhe um percurso que transcenda o exercício da declamação, que surja antes da confluência entre as artes cénicas e as artes visuais, trazendo à composição de uma paisagem múltipla o trabalho do videasta Alberto Plácido. Poeta do confronto entre a humanidade e a transcendência, mas também atento desenhador do quotidiano, dos lugares da memória, dos milagres da natureza, e voz aguda da inquietação intelectual e amorosa, Ruy Belo é aqui celebrado para lá do reconhecimento académico ou da leitura privada.

M/16 anos

A partir de
Ruy Belo
Direção
João Cardoso
Dramaturgia e Assistência de Encenação
Constança Carvalho Homem
Espaço cénico e Figurinos
Sissa Afonso
Desenho de luz
Nuno Meira
Sonoplastia
Francisco Leal
Vídeo
Alberto Plácido
Interpretação
João Cardoso, Raquel Rosmaninho, Rosa Quiroga, Rui Spranger
Co-produção
ASSéDIO - Associação de Ideias Obscuras, TNSJ
Dur. Aprox.
1:00

50% desconto para membros NWEC e acompanhantes


Areia
19 a 29 Jan. – Quinta-feira a sábado | 21h30
                         Domingo | 16h
No princípio era uma imagem – a imagem de uma imensa ampulheta que faz escorrer areia sobre um homem. No princípio era também um desejo – o desejo de reflectir sobre temas e motivos que associamos a esta matéria: o tempo, o silêncio, a secura, a aridez, a fragilidade, a morte, a origem, o deserto. “Um dia, partiu em demanda do seu deserto”, escreveu Jorge Luís Borges numa das suas parábolas circulares. Com Areia, a Circolando responde a essa espécie de chamamento: aprofundando todo o investimento criativo que vem realizando no cruzamento da dança, das artes plásticas e do teatro de objetos, a companhia portuense – não por acaso, uma das estruturas que entre nós mais se têm afirmado internacionalmente – ruma agora ao seu deserto, e explora cenicamente esculturas em areia e o vidro, cuja matéria-prima é precisamente a areia. Uma travessia empreendida a solo por André Braga, que partilha a direcção artística com Cláudia Figueiredo e o palco com Tó Trips, o guitarrista da misteriosa cartola dos Dead Combo, para nos fazer descobrir o deserto como o lugar onde nos podemos perder – ou achar.

M/12 anos

Direção Artística
André Braga, Cláudia Figueiredo
Direção e Conceção Plástica
André Braga
Dramaturgia
Cláudia Figueiredo
Composição musical
Tó Trips
Vídeo
João Vladimiro
Realização plástica
Nuno Guedes, Nuno Brandão, Sandra Neves
Desenho de luz
Cristóvão Cunha
Desenho de som
Harald Kuhlmann
Interpretação
André Braga, T􀁹 Trips
Co-produção
Circolando, CCB, TNSJ

50% desconto para membros NWEC e acompanhantes




MOSTEIRO SÃO BENTO DA VITÓRIA



Leituras no Mosteiro
10 Jan. a 20 Mar. – Terça-feira | 21h00

Quinzenalmente, nas noites de terça-feira, congrega-se no Mosteiro de São Bento da Vitória uma comunidade genuinamente ecuménica – gente de vários credos, idades, proveniências, unida pela aventura de ler e descobrir em voz alta textos dramáticos de épocas, autores, línguas e países diversos. Da Ordem de São Bento sobrevive, contudo, a profissão de fé: "A Escritura cresce com aqueles que a lêem". No primeiro trimestre do ano, a iniciativa promovida pelo Centro de Documentação do TNSJ continua a dedicar um mês a um país diferente (2012 começa por atribuir o privilégio ao eixo austro germânico), cruzando-se um clássico e um contemporâneo, mas em Março – altura em que o TNSJ estreia Alma, do dito "pai do teatro português" – as Leituras no Mosteiro voltam a celebrar a polifonia da dramaturgia portuguesa contemporânea. Uma iniciativa que prolonga as experiências de Fevereiro e Setembro do ano passado, quando se realizaram leituras de peças curtas de catorze dramaturgos mais ou menos jovens, mais ou menos emergentes. Segue-se agora uma sessão de peças breves de mais oito autores e uma outra dedicada a José Maria Vieira Mendes.

Um país por mês: um clássico e um contemporâneo
(Março dedicado à dramaturgia portuguesa contemporânea)

Alemanha
10 Janeiro - Leôncio e Lena, de Georg Büchner
24 Janeiro - Sangue no Pescoço do Gato, de Rainer Werner Fassbinder

Áustria
7 Fevereiro - A Cacatua Verde, de Arthur Schnitzler
21 Fevereiro - O Jogo das Perguntas, de Peter Handke

Portugal
6 Março - Peças breves de Abel Neves, Armando Nascimento Rosa, Fernando Moreira, Jacinto
Lucas Pires, Miguel Castro Caldas, Patrícia Portela, Regina Guimarães e Saguenail
20 Março - Se o mundo não fosse assim, de José Maria Vieira Mendes

Coordenação
Nuno M Cardoso, Paula Braga
Organização
TNSJ

Entrada Livre


Ovo
10 a 26 Março – Quarta-feira a domingo | 21h30

No início desta história encontramos um homem -  um ator, um marionetista? -  que cai, o seu crânio abre-se e o que resta da sua memória esvai-se no chão. Perde a noção do futuro, apenas o passado e os seus automatismos persistem. E o tempo expande-se, como por vezes acontece nas boas histórias. A sua vida, de que não restam mais do que as ruínas da memória, estilhaça-se e é reconstituída por quatro personagens. Nesses instantes em que tudo se constrói e desconstrói, as fronteiras entre os mundos tornam-se cada vez mais permeáveis. O palco é o espaço interior povoado de personagens engendradas pelo inconsciente, mas capturadas no mundo da representação teatral. Partindo de uma ideia original de Eric de Sarria - um dos colaboradores mais próximos do marionetista francês Philippe Genty -  Ovo tem dentro de si uma ideia de recomeço. É o primeiro espetáculo do Teatro de Marionetas do Porto sem a assinatura de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010). Como sabemos, as marionetas não morrem. O legado de Seara Cardoso também não. Em Ovo, existem coisas que dão origem a outras coisas, e o futuro da companhia é seguramente uma delas. Excelentes notícias para o teatro português.

M/12 anos

A partir de uma ideia original de
Eric de Sarria
Co- criação
Edgard Fernandes, Eric de Sarria, Isabel Barros, Rui Queiro􀁝 de Matos, Sara Henriques, Shirley Resende
Música
@c (Pedro Tudela e Miguel Carvalhais)
Marionetas objectos cénicos
Rui Pedro Rodrigues, Filipe Garcia
Vídeo
Albert Coma
Figurinos
Eugenia Piemontese
Desenho de Luz
Rui Pedro Rodrigues
Interpretação
Edgard Fernandes, Rui Queiroz de Matos, Sara Henriques, Shirley Resende
Co-produção
Teatro de Marionetas do Porto, TNSJ
Dur. aprox.
1:00

50% desconto para membros NWEC




Esta é a minha cidade e eu quero viver nela
27 a 30 Março - Terça a sexta-feira | 21h30

Entre estadias, partidas e regressos, poderiam assumir-se como construtores de cidades, no sentido em que agem performativamente sobre elas, suscitando diálogos com as comunidades locais e produzindo reflexões éticas e estéticas sobre a contemporaneidade. O Teatro do Vestido é uma companhia multidisciplinar fundada em 2001 na cidade de Lisboa, a quem dedicaram as primeiras quatro edições de Esta é a Minha Cidade e Eu Quero Viver Nela. Existe um conceito transversal a todas elas: convidam criadores exteriores à companhia e durante duas semanas de trabalho intensivo concebem um projeto. Para esta edição especial no Porto, o Teatro do Vestido propõe-se descobrir uma cidade que lhe é, de certa forma, estrangeira, com a ajuda de criadores que a ela pertencem, ou pertenceram, ou se encontram em processo de vir a pertencer. Conduzidos pelos seus olhos, memórias e interrogações, lançam-se como cegos numa cidade nova para poderem vir a desejar viver nela também. Como descobrir uma cidade? “As grandes cidades ensinam, educam, e não com doutrinas roubadas aos livros. Não há aqui nada de académico, o que é lisonjeiro, pois o saber acumulado rouba-nos a coragem”, responde-nos Robert Walser. Coragem – uma palavra-chave para conquistar território desconhecido.

M/4 anos

Co-criação e direcção
Joana Craveiro
Figurinos e movimento
Ainhoa Vidal
Co-criação e interpretação
Ainhoa Vidal, Gonçalo Alegria, Joana Craveiro, Rosinda Costa, Sofia Dinger, Tânia Guerreiro e criadores do Porto
Co-produção
Teatro do Vestido, TNSJ


50% desconto para membros NWEC e acompanhantes





Cine-Teatro Constatino Nery (Matosinhos)
6 a 15 de Janeiro
3ªf a Sabádo| 21h30
Domingo|16h 


MISSA DO GALO
A Missa do Galo segue livremente a estrutura dramática e litúrgica duma missa católica romana. Inspira-se nas velhas Missas do Galo transmontanas com desgarradas assentes em motes do Evangelho, acompanhadas à concertina, aqui substituídas por canções. O galo desta missa é o Homem que ascendeu ao poleiro da ciência e da tecnologia e que, perante o espelho da sua admirável prosperidade, tem um assomo de melancolia ao perceber que, apesar de ter tudo, continua a padecer da inveja, da mesquinhez e da ganância. A missa recorre à metáfora central duma barca que atravessa a História num roteiro de factos e alertas contra os perigos da repetição e do esquecimento. Nesse percurso eucarístico, com vista à redenção e ao perdão, o galo tropeça num paradoxo: o conhecimento concedeu-lhe o livre-arbítrio que lhe permitiu emancipar-se do velho pai castigador, mas, ao mesmo tempo, depositou-lhe na alma uma momentânea nostalgia do tempo em que o Pai ralhava com ele pelos erros cometidos. Vê-se assim confrontado com o preço da liberdade: solidão da responsabilidade. A missa é o espaço introspectivo que disseca a melancolia proveniente dessa responsabilidade – que ele combate com o consumo enquanto modo de vida, e cujo corolário é o primado da tecnocracia sobre tudo e a ameaça de esgotamento de recursos do planeta. O processo assenta numa espécie de monólogo shakespereano no qual o galo é visitado pelos seus fantasmas interiores, juízes da consciência que o vêm julgar por ter substituído o Humanismo dos últimos cinco séculos pelo neo-liberalismo dos últimos trinta anos, onde as pessoas são apenas números e estatísticas. O veredicto é ser transformado em arroz de cabidela, num sacrifício votivo e solsticial.

M/12

Ficha Artística
Autoria de Carlos Tê e Manuel Paulo
Encenação Luisa Pinto
Cenografia Joao Mendes Ribeiro e Catarina Fortuna
Figurinos Cátia Barros e Luisa Pinto
Interpretação Antonio Durães, Elisa Rodrigues, Flora Miranda, Inês Sousa, Isabel
Carvalho, Joao Miguel Mota e Rui David
Músicos André Hollanda (bateria/toy piano), Manuel Paulo (piano/teclado), Marco
Nunes (guitarra), Miguel Ramos (Baixo) e Pedro Vidal (guitarra/pedal steel/banjo)




                  50% desconto para membros NWEC

                            Para grupos superiores a 10 pessoas (contactar: 22 939 23 20)